Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

Bem Vindos ao nosso Espaço!

domingo, 22 de novembro de 2020

Assembleia Geral Ordinária da Outro Olhar

Neste ano a palavra foi 'adaptação', aguardamos o quanto foi possível, porém, como a pandemia continua e, nas ultimas semanas com número de contágios a crescer; a solução foi realizar, pela primeira vez, a Assembleia Geral de forma remota.
Não é a mesma coisa que presencial, mas deu certo! Gratidão a todos que participaram!
A seguir as imagens das apresentações e ao final, algumas imagens dos participantes.
Aguyjevete! Gratidão a quem faz parte dessa luta!


























sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Edital de Convocação para Assembleia Geral Ordinária

 A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar, através da sua Diretora Presidente Sra. Sandra König, no uso de suas atribuições conforme prevê o Estatuto Social no artigo 19º, convoca a todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 21 de novembro de 2020, em primeira convocação com a maioria dos associados às 15:00 horas, e em segunda convocação com qualquer número de associados às 15:30 horas; este ano, excepcionalmente, por conta da situação de saúde, pandemia, a Assembleia será online pelo google meet, em endereço a ser enviado por email e/ou whatsapp no dia da assembleia.

Tendo como pauta:

1) Relatório de Atividades 2020;

2) Eleição da Diretoria Executiva 2020-2022;

3) Assuntos Gerais.

Contamos com a participação de todos.

Atenciosamente,

Guarapuava, 06 de novembro de 2020.


Sandra König 
Diretora Presidente


 

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Campanha Kunhã regua em apoio ao Dia da Mulher Indígena - Rostos e Vozes Indígenas - setembro de 2020

🏹 01set20

Eu sou Francisca Jaxuka Rete Benite


Nasci na Tekoa Tapixi, no município de Nova Laranjeiras-PR, agora estou na Tekoa de Palmeirinha do Iguaçu; trabalho na agrofloresta, neste ano nós vamos trabalhar juntos com os xondaro e xondaria, plantar milho (avaxi ete'i)para cerimônia, eu quero ser sempre mbya Guarani...







segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Kunhã regua - Dia Internacional da Mulher Indígena

 No dia 05 de setembro é lembrado o dia da Mulher Indígena; a data foi escolhida em memória à guerreira Aymara Bartolina Sisa, morta em 1792, quando esteve à frente das tropas contra a opressão dos conquistadores europeus.



No marco desta data, queremos dar visibilidade às mulheres guerreiras (Xary’i e Xondaria kuery), como apoio para a luta das indígenas enquanto agentes de mudança nas famílias, comunidades e na vida de seus povos

O Dia Internacional da Mulher Indígena, instituído em 1983 durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia). A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) marcou a data reafirmando o apoio às mulheres indígenas na busca por justiça e em defesa dos direitos individuais e coletivos.

Por reconhecermos essa importante luta, a Outro Olhar, o Tembiapo, a Rede Solidária Popyguá e o Coletivo Cláudia da Silva querem organizar uma séria de publicações nas redes sociais (facebook e Instagram), promover rodas de conversas e entrevistas com mulheres indígenas.

Programação

* Publicações diárias (Facebook e Instagram da Outro Olhar e do Coletivo) de fotos de mulheres indígenas das aldeias do Sul do Brasil

* Rodas de Conversa (pela plataforma Zoom)

05 de Setembro 2020 - 15h com Fernanda Kaingáng "Mulheres Indígenas em Movimento: gênero, cultura e território em meio à pandemia de COVID 19"

Lucia Fernanda Jófej, ou Fernanda Kaingáng, pertence ao Povo Indígena Kaingang, do Sul do Brasil.

Foi a primeira advogada indígena do Sul do Brasil (UNIJUÍ) e a primeira mestre indígena em Direito no Brasil (UnB), doutoranda da Faculdade de Arqueologia pela Universidade de Leiden (Holanda)

Foi assessora da Presidência da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 2003 e é Membro Fundador do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI) e do Instituto Kaingáng (INKA) atuando principalmente na divulgação de direitos humanos para Povos Indígenas junto aos Povos e Organizações Indígenas das cinco regiões do Brasil e perante diferentes organismos das Nações Unidas, como a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e o Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas.

Fernanda Kaingáng mora na Terra Indígena Serrinha e participou como arte educadora do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre de exposição de obras de arte na França em abril e em novembro de 2019 na ONU, em Genebra, Suíça. É mulher, mãe de um adolescente de 15 anos e um garotinho de 5 anos: Kyfe e Tenh.

Faça sua inscrição: https://forms.gle/Tz5eKn9L7qHa5Nj39


03 de Outubro 2020 - 15h com Rosa Murillo (Messe, Equador) "Experiências de Economia Solidária 

(Para as rodas de conversa haverá inscrições, acompanhe pelo facebook e instagram os links)


* Entrevistas (ao vivo/live)

12 de Setembro 2030 – 15h com Marisete Ferreira dos Santos (coordenadora da Rede Solidária Popyguá)


Marisete Ferreira dos Santos, nome Guarani é Kerexu
54 anos, é agricultora e mora na Tekoa Limeira, município de Entre Rios – SC
é coordenadora da Rede Solidária Popyguá, uma organização de lideranças de 10 aldeias Guarani no Paraná e Santa Catarina para pensar e desenvolver ações de sustentabilidade para suas comunidades, desde ambiental à cultural.




19 de Setembro 2020 – 15h com Eliane de Castro (Movimento Jera Rete)

26 de Setembro 2020 – 15h com Paulina Para Katu (Acadêmica indígenas em Pedagogia)


Acompanhe a programação completa, a atualização das inscrições pelas redes:

https://www.facebook.com/events/331414744877132/?active_tab=discussion

https://www.instagram.com/stories/highlights/17951494306361922/?hl=pt-br



segunda-feira, 23 de março de 2020

Cerimônia Guarani Ei'i Mbojape: vivência espiritual

relato de uma jurua sobre a cerimônia que teve o privilégio de participar


Receber o convite para participar de uma cerimônia Guarani sempre me enche de alegria. São momentos de muita espiritualidade, singeleza e beleza. Entre 14 e 15 de março de 2020 fui convidada a participar da cerimônia Ei'i Mbojape na tekoa de Palmeirinha do Iguaçu, TI de Mangueirinha, município de Chopinzinho - PR.

A manhã começa com as Kunhã kuery (mulheres) em torno do pilão, socando o avaxi hete'i (a variedade do milho certo para a cerimônia) para a base do mbojape (bolo de milho): jovens, adultas, anciãs em animadas conversas; do pouco que consigo entender e do que me contam [as conversas são na língua Guarani, que infelizmente não domino], os assuntos são de que o 'socar no pilão' é a academia das Guarani, tem um jeito certo de se posicionar, de levantar a mão de pilão, do ritmo; isso dá o condicionamento físico das mulheres... E sempre, muitas risadas. Por outro instante, um ar mais sério, a conversa gira em torno de 'ser mulher'; que tem perigos, que é preciso ter atenção com as 'pequenas mulheres'; que as coisas já não são mais como eram nos tempos antigos...

A conversa volta a ficar animada, as anciãs pedem para as jovens também aprenderem a socar o avaxi hete'i; risadas, porque as mais jovens tem menos resistência que as mais velhas. Cobranças: os celulares tiram a vontade das jovens de aprender [risadas]. Me permitem aprender/tentar! Concordo, é uma academia de bastante impacto! [Risadas...]
O sol avança no céu, parte do avaxi hete'i já virou farinha, então um grupo de senhoras parte para o fazer os bolos. São amassados, moldados e colocados para assar na cinza no chão da Opy'i (casa de reza). O calor é forte, a fumaça faz os olhos lacrimejarem; mas as senhoras, estão lá, firmes no seu fazer! Algumas jovens aparecem para aprender... Prática, conhecimento, dedicação que passa pelas gerações: lindo de ver e sentir!

Em outra frente, os Avá kuery (homens) foram na floresta, coletaram o ei'i (mel das abelhas nativas) e agora estão do lado de fora da Opy'i enchendo seus Takua ruxu (canudos de taquara ou purungos). Para cada pessoa do sexo masculino da família um takua ruxu de mel; para cada pessoa do sexo feminino da família um mbojape.

O sol no centro do céu, tudo pronto, hora de entrar na Opy'i, cada um levando seu takua ruxu ou mbojape; logo o som da mbaraka, mbaraka miri, rave'i, angu'apu e mais tarde se juntam os takuapu enchem o espaço. As oferendas depositadas no altar, devidamente nominadas e abençoadas; aos poucos a fumaça dos petygua (cachimbo Guarani) se espalha, preenche o espaço e as palavras do Xamoi chegam às mentes e corações dos presentes. Não encontro palavras para descrever, é preciso estar, vivenciar e sentir.
Anciãos, adultos, jovens, homens, mulheres, convidados, todos tem um momento para falar. É comunhão, interação, respeito, admiração: unidade.

O coral canta os mboraei, o Xamoi fala, os participantes usam o petygua, tataxinã (fumaça) inunda o ambiente e as mentes; os pensamentos como que decolam, seguem e voltam. Corpo, alma e natureza: comunhão! Minutos, horas passam... Tataxinã se esvai... mboraei ressoam apenas na memória... Hora da pausa... Agora alguns vão, outros ficam, a cerimônia seguirá quando o sol tiver se posto no horizonte.

O sol se pôs, o som da mbarakambaraka mirirave'i, angu'apu anunciam que é hora de voltar para a Opy'i. O Xamoi já está lá com seu petygua; temos ensinamentos, reflexões, cantos, ensinamentos, reflexões... Curas... União... Comunidade... O Nhandereko está vivo, pulsante! Horas passam, tataxinã preenche o espaço e também as mentes.
Em ato de limpar o corpo, proporcionar resistência, curar dores inicia a Tarova'i; principalmente os jovens participam da dança, o Xamoi conduz, todos apoiam, acodem, cantam; de alguma forma, participam. A vibração de força e comunhão estão e são a tataxinã... Mais uma vez, me faltam palavras, é preciso estar, vivenciar e sentir...
Alguns continuam por mais algumas horas na Opy'i, outros vão para suas casas e outros ainda amanhecem na Opy'i.

Quando o sol da manhã desponta no horizonte, hora de se reunir novamente na Opy'i, a água já está quente, o chimarrão passa de mão em mão; a Opy'i vai enchendo, enchendo... O Xamoi faz a reflexão, a benção final e os Mbojape com o Ei'i são distribuídos; a refeição da manhã é o ato final dessa cerimônia de agradecimento, cura e partilha.

Ha'eve tema!
por Ara Ju (Sandra König)






segunda-feira, 16 de março de 2020

Construção Coletiva da Agroindústria do Grupo Tembi'u Porã

Em 2013, a partir da preocupação das comunidades Guarani pertencentes á Rede Solidária Popyguá, estas aceitaram o desafio de reflorestar e também formar agroflorestas para produção de frutas para consumo e possível comercialização, plantas que fornecem matéria prima para artesanato como sementes, fibras, madeiras, etc e o cultivo de plantas com função medicinal, para uso da comunidade e uma parte, para produção de óleo essencial, para poder beneficiar todas as pessoas.
Passaram-se alguns anos, as plantas cresceram, começaram a produzir e, não se conseguiu consumir tudo, houve excedente; que tampouco conseguiu ser comercializado em sua totalidade. Analisando as dificuldades enfrentadas: na safra as frutas da época não tem um valor atrativo; as aldeias são um tanto distantes dos centros consumidores, tendo a dificuldade do transporte; ciclo curto da maturação das frutas.
Diante desses obstáculos, em conversas surge a ideia do beneficiamento dessas frutas, para aumentar o tempo de consumo, poder ter em períodos além do período da colheita... Então o desafio: como? As comunidades não possuem estruturas, não possuem a 'prática' do beneficiamento das frutas... Porém possui pessoas, principalmente jovens, interessados e sedentos por oportunidades de ter trabalho, não precisar procurar a sobrevivência fora das aldeias; ter alimento saudável para suas famílias e comunidades. Nasce então, a ideia de uma agroindústria na comunidade indígena!
Visto como um grande desafio. Muitos empreendimentos semelhantes realizados em comunidades de agricultores não deram muito certo; tiveram inúmeros problemas e não conseguiram operar. Situação contraditória ao mercado crescente de alimentos artesanais, de qualidade e orgânicos/agroecológicos.
Era preciso pensar melhor! Foram realizadas visitas a outros empreendimentos exitosos, conhecidas comunidades que se transformaram quando decidiram investir em si mesmas, criar suas identidades, mesclar cultura, saber e alimento. A decisão: por que não uma oportunidade para a comunidade indígena?
Procuramos parceiros para a empreitada, encontramos! A proposta inicial era maior, mais completa, proporcionava apoio por três anos. Em tempos de crise, a proposta teve que ser reduzida para conseguir ser realizada no orçamento disponível. Mais um momento para refletir e decidir: Valeria a pena? E a resposta do grupo foi: Sim, vale a pena! Começamos e iremos seguindo. Precisamos começar.
A partir desse contexto, a Província Autônoma de Trento, na Itália, através do Consórcio Brasil-Trentino nos deu o voto de confiança e resolveu apoiar a ideia. Batizamos o projeto de TeA - Tekoa Empreendedora: Agroindústria; por entendermos que é uma sequencia do projeto Tekoa Sustentável, que implantou as agroflorestas.
O TeA se tornou parte de um projeto maior de colaboração entre Brasil e Trentino, denominado de "Brasil e Trentino: Nova Oportunidade de Co-Desenvolvimento 2019-2021; sendo realizado simultaneamente na região sul com o projeto TeA que é a instalação de uma agroindústria na aldeia de Tapixi, no município de Nova Laranjeiras; um projeto no estado de São Paulo e outro no Ceará; além da colaboração com empreendimentos do Vale de Gresta, na Itália.
Sendo grande o desafio, as ações exigem clareza nas decisões; para desenvolvermos o projeto/planta da agroindústria está formado um grupo de trabalho entre a Outro Olhar, Grupo Tembi'u Porã, Secretaria de Agricultura de Nova Laranjeiras (SA), Emater também de Nova Laranjeiras e UFFS através do NECOOP.
O segundo encontro do grupo aconteceu na sexta feira, 13 de março, nas dependências da Prefeitura Municipal, quando foram apresentadas as ideias para a agroindústria, parte estrutural; depois de visitas e estudos dos técnicos da SA e Emater.
O trabalho continua, por ora nosso agradecimento a todos que estão conosco nesse desafio! Seguimos!

Por Outro Olhar e Grupo Tembi'u Porã




Grupo Tembi'u Porã: Visita ao sítio Manduri - Interação

Na quinta feira dia 12 de março nosso grupo Tembi'u Porã visitou o sítio Manduri do agricultor Leandro Rodrigues de Lima, localizado no município de São Jorge d'Oeste.
A ideia de visitar o sítio partiu da Outro Olhar, que conheceu o agricultor durante um intercâmbio em 2017. O grupo gostou da ideia e se organizou para visitar.Apesar de não ser tão longe, algumas 'perdidas' no caminho, o que não impediu a visita, só atrasou um pouco; porém não comprometeu a visita, porque Leandro não tinha pressa, e nós aproveitamos, passamos horas conversando e conhecendo a história, as plantas, o manejo o 'jeito de viver'.
As várias espécies de bambu chamaram a atenção já na chegada, pelas diferentes formas e tamanhos. Conhecemos um pouco qual a melhor indicação de cada um, como usar, como plantar, como manejar... A vontade do grupo é utilizar/fazer o plantio de bambus para reforçar a barreira sanitária que separa a agrofloresta das lavouras.
Ver e conhecer a criação das abelhas sem ferrão foi muito importante; além de ser muito saboroso, pois pudemos experimentar o mel de diferentes espécies e perceber as diferenças dos sabores e textura. Além de prestar atenção na forma de manejo que ele faz na criação.
Pudemos ver que a agrofloresta é bastante variada, tem mandioca, milho, bananas, carambolas, abacates e outras espécies bem diferentes.
O almoço também foi bastante diferente da maneira que somos habituados. Foi um almoço vegano, com rizoto de jaca, legumes e raízes assados, suco de laranja e abacaxi; praticamente tudo produzido no sítio. Estava saboroso! Como Leandro não usa o sal como tempero, e nosso paladar está acostumado ao sal, sentimos a diferença. E ao comentar com os anciãos, estes falaram que lá, bem antigamente não se tinha esse sal comprado, então o sabor não era igual ao que se come hoje. Isso fez pensar, que algumas formas de preparar os alimentos de antigamente são feitos hoje por outras pessoas... Ciclos...
Também o manejo da agrofloresta se assemelha com a agricultura Guarani Tradicional, que não fazia monocultura, não usava agroquímicos, não arava a terra... Trocando para aprender mais e poder melhorar!


Nosso obrigado ao agricultor Leandro por nos receber!
Grupo Tembi'u Porã

sábado, 7 de março de 2020

Voluntários e Interação Cultural na Semana da Mulher

Os voluntários do Projeto Change Making Tour, João Ricardo Miri Fernandes e Leandro Tupã Rocha, antes de sua temporada na Itália, participaram nos dias 05 e 06 de março da atividade de Interação Cultural na Escola Municipal Alcindo de França Pacheco, em Guarapuava da Exposição Kunhã regua Mbya para estudantes do 4º e 5º anos.
A exposição que apresenta elementos da cultura indígena Guarani a partir do ponto de vista de quatro mulheres Guarani, além de levar um pouco da cultura indígena para os estudantes, também reforçou a valorização da mulher na sociedade, seja ela indígena ou 'juruá' (que é, para os Guarani, todos os não indígenas).
Com a participação dos jovens voluntários Guarani, foi possível apresentar e realizar brincadeiras tradicionais com as crianças que visitaram a exposição.
A brincadeira de 'Arrancar Mandioca' reforça a noção de que é preciso cultivar o alimento, além de trabalhar a cooperação e a 'resistência' entre as crianças; a brincadeira 'Xondaro', uma dança de preparação de Xondaro e Xondaria (jovens homens e mulheres) das aldeias; além de proporcionar a prática de 'dança Guarani' faz brotar a energia e alegria comum à jovens de todas as culturas.
Foi muito lindo de ver, de participar!
Gratidão para a Escola pelo convite e para os Voluntários pela alegre participação.




sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Change Making Tour Brasil: Mergulho na Cultura Indígena Guarani

O Change Making Tour Brasil: Mergulho na Cultura Indígena Guarani, ou simplesmente CMT Brasil é a oportunidade para vivenciar a cultura indígena Guarani na realidade atual do Sul do Brasil; que, apesar da reordenação territorial e espacialidade mantém o principal que é o ‘Nhandereko’ “modo de vida”; sendo forte aliado na conservação do bioma da Mata Atlântica remanescente no país.
Conhecer o modo de vida Guarani, seu pensamento e cosmologia em tempos que a sociedade necessita de novos caminhos pode ser uma revelação fundamental para como vamos seguir nossos caminhos.

 A vivência desse tour iniciará no Oeste do Estado e seguirá até o Centro Sul, partindo, do aeroporto ao Leste, cruzará o Estado do Paraná margeando um dos principais rios, o Iguaçu. A margem desse rio, no passado, era dominada pelos indígenas da etnia Kaingang e Guarani, sendo o nome Iguaçu de origem Guarani, que significa “água grande” ou “muita água”. O rio se forma na borda ocidental da Serra do Mar, seguindo seu curso de 1320 km cruzando os três planaltos paranaenses até desaguar no Rio Paraná, onde estão as conhecidas Cataratas do Iguaçu, primeiro ponto a ser visitado.
Após sentir o poder das águas, segue-se, por terra, a exemplo dos antigos caminhos indígenas, ao encontro das comunidades Guarani para conhecer seu modo atual de vida, as influências sofridas a partir do ano de 1500, quando da chegada dos ‘conquistadores’; em contraponto com sua resistência e vivência do ancestral em tempos atuais.
Ao longo de todo o caminho, os contrastes, as histórias de luta, alguns enfrentamentos; paisagens que retratam também o entendimento de mundo, nossa relação com o planeta. E por mais contraditório que possa parecer encontros, o transformar e adaptar-se mútuos.
E é nesse caminho do compreender e conhecer as diferentes histórias, suas motivações e seu modo de ver o mundo que pretende-se construir as pontes; entre ‘mundos’ diferentes; que em comum tem o planeta chamado Terra, nossa casa comum.





Roteiro completo disponível no link abaixo:
https://changemakingtours.org/change-making-tour-brasil/