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quarta-feira, 7 de março de 2012

Impressões Camilla e Anais ao visitar as comunidades indígenas.

Chegamos no dia  7 de fevereiro  no Centro de Formação Juan Diego, sede do escritório da Outro Olhar, localizado em Guarapuava, no estado do Paraná. Após uma semana de conversa e de preparação saímos com Sandra e Silmara para visitar as quatro aldeias que participam do projeto Oindio: cultura e oportunidade na rede .
A primeira aldeia  que visitamos foi Tekoha Añetete. Lá os jovens  estão trabalhando sobre uma lenda Guarani em forma teatral, "O Ava Poapẽ", que conta a história de um monstro chamado Ava Poapẽ e do jovem guerreiro que foi capaz de  matá-lo.
O impacto cultural foi chocante: por esta razão, além da barreira da língua, as primeiras oficinas de teatro foram  para nós, mais de observação que de participação. Na segunda aldeia, Lebre já estávamos mais confortáveis e fomos capazes de tomar a iniciativa para conhecer e conviver com os jovens, que  estão trabalhando em uma peça chamada " O Homem Que Virou Onça " sobre um jovem que trasnforma-se em onça. 
O trabalho realizado pela equipe da Outro Olhar  é  muito interessante e é evidentemente baseado em uma compreensão da realidade de cada aldeia e, em uma relação de confiança com os grupos de trabalho. Ao mesmo tempo, percebemos o quão difícil  é realizar um trabalho contínuo por causa da distância de cada aldeia. Também é complicado manter a atenção dos meninos por um tempo longo, outro obstáculo a um trabalho contínuo. Nesta aldeia pudemos ver uma apresentação de dança tradicional, em preparação para a mostra, com música tocada ao vivo pelos jovens.
Depois da visita da aldeia de Tekoha Añetete e Lebre, tivemos alguns dias de folga para as comemorações do Carnaval: quando voltamos, saímos outra vez para conhecer as outras duas aldeias que participam do projeto: Limeira e Palmerinha. 

Em Limeira conhecemos Otoniel,  o voluntário indígena que hoje mesmo saiu do Brasil para ir a Itália, juntamente com voluntário Jaury, para um intercâmbio paralelo ao nosso, que trata do tema da agroecologia e sustentabilidade dos sistemas ecológicos, em um centro chamado Panta Rei, perto de Roma. Nós ajudamos a organizar a documentação para viagem deles e também com aulas de Italiano. Em Limeira, os meninos trabalham em um texto chamado "O Pernilongo", a lenda de um menino um pouco incomodativo que vira  pernilongo, como punição pelo comportamento dele. O ponto de encontro do trabalho foi a Opy - "casa de reza", lugar sagrado pelas comunidades Guaranis, que foi construída pela comunidade. Nesta parte do trabalho, não sabíamos exatamente como ajudar, porque o texto e a encenação já estavam bem conhecidos, mas no final foi muito divertido, trabalhar em conjunto. Nós pintamos o rosto do personagem principal da peça, um menino que transforma-se, como diz o título, em pernilongo, ajudamos na realização do filme, fizendo coisas pequenas, como : cuidar de crianças, além de tirar fotos para documentar o nosso projeto. Os ensaios continuaram com a peça de teatro  « Modo de Vida Guarani em Limeira » que conta como os mais jovens são sempre menos interessados pela cultura/tradição e sabem pouco sobre os costumes Guarani, e de como encenar as lendas mais famosas pode ser útil  para estimulá-los novamente nesta direção.
Depois de dois dias em  Limeira, partimos para a quarta aldeia, Pinhalzinho, onde encontramos alguns dúvidas na organização do grupo de teatro, como a participação deste grupo na mostra estava confirmado, Sandra e Silmara reuniram o grupo de teatro para motivá-los novamente e ficou tudo acertado.

No dia seguinte partimos para Guarapuava e passamos na  a aldeia Palmeirinha para organizar a vinda de parte do grupo para a Mostra de Cultura e Arte Guarani.
Com esta última visita termina nossa primeira « turnê » pelas aldeias.
Neste momento estamos no Centro de Formação Juan Diego para ajudar Sandra e Silmara na organização da I Mostra de Cultura e Arte Guarani que ja está muito perto.Estamos esperando o dia 20 de março com grande curiosidade e esperamos rever todos os grupos em Guarapuava nesta ocasião!

Por , Camilla Brison e Anais Klein

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