Esta viagem começou em Milão onde nós pegamos o voo, plenos
de ideias e curiosidades pelo projeto. Camilla e Anaïs tinham nos contado algumas coisas e nossa imaginação fez o resto. Mas não podíamos
imaginar os olhares das crianças indígenas que sorriam
para nós.
A
chegada em solo brasileiro foi uma descorberta cultural mas o encontro com as
comunidades indígenas
foi uma nova descoberta.
Estando
prontos para esta aventura Camilla e Anaïs nos passaram suas experiências e
emoções que passaram juntas na casa que chamaram de “Bom Lugar” onde moraram
por três meses. Além disso, Sandra e
Silmara que são responsáveis pela Outro Olhar, nos falaram mais do
projeto e da vida dentro das comunidades; mas isto não satisfez nossa fome de curiosidade. Nosso
nível de portugues não
permitiu total compreensão
dos fatos mas o que não
compreendemos em teoria encontramos na prática.
O
primeiro trabalho foi desmontar a exposição de fotos montada na Faculdades Guarapuava
para depois prepará-la e levá-la a todas as aldeias no primeiro mês. Palmerinha
do Iguaçu e sua escola indígena
foram as primeiras que nós visitamos
e foi também diferente porque, além de encontrar as crianças que nos olhavam com
curiosidade e desconfiança, assistimos a um momento de vida da comunidade em
reunião com o grande cacique Kaingang responsável por mais aldeias da terra indígena
de Mangueirinha.
Em seguida viajamos por outras quatro aldeias: Limeira,
Rio D’Areia, Lebre e por fim Koẽ Jú Porã; onde mostramos as fotos e as projeções
de vídeo com os curtas metragem feitos pelos grupos de meninos de diferentes aldeias
que participaram do projeto Oindio. Em Lebre e Limeira entrevistamos e gravamos
um vídeo com vários meninos para saber suas impressões sobre o projeto.
Em todas as aldeais foi característico o impacto com as
crianças cujo primero contato fizemos com jogos e depois dando aos meninos e as
meninas a possibilidade de tirar fotos com nossas máquinas fotográficas. O
resultato e a resposta das crianças foi ótima com as
fotos que reproduziram a verdadeira expressão da comunidade.
Em todas as aldeias as exposições foram feitas nas
escolas e observamos que existiu uma diferença em Limeira porque trocando o
lugar onde as atividades eram feitas na «Casa de reza» o espírito e envolvimento foi maior, porque mesmo pelos adultos
o novo lugar inspirava mais a participação e comprometimento.
Participamos do «I Simpósio de Desenvolvimento Territorial da Cantuquiriguaçu» em
Laranjeras do Sul onde pudemos assistir à conferência e uma apresentação de dança Kaingang.
Realmente este primeiro mês foi um período de obsevação e pesquisa de um
primero contato e recíproco conhecimento. Agora
prepararemos as oficinas de teatro e vídeo e as atividades para as próximas visitas, para isso, nos inspiramos nas oficinas de
Camilla e Anaïs, com as quais montamos o vídeo institucional com as imagens
mais interessantes que podem ser vistas no blog.
A descoberta continua…
Mahio e Stefano – Voluntários do programa SVE/Joint