Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

Bem Vindos ao nosso Espaço!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Jogando ao teatro

Nos dias 21 e 22 de Março, no âmbito da I Mostra de Arte e Cultura Guarani, realizamos duas oficinas de teatro de duas horas cada uma, simultaneamente com os laboratórios de fotografia, vídeo e dança tradicional. Os participantes, portanto, tinham a possibilidade de escolher entre quatro opções.
O primeiro dia, os participantes da nossa oficina, foram cerca dez. Começamos com o exercício básico de caminhada, para  terem noção do espaço, da velocidade, da distância e do relacionamento com os outros. Nós adicionamos variações de tempos em tempos, como:  pausar, avançar, mudar de ritmo, pular e caminhar dois a dois. Depois que todo mundo ficou aquecido, continuamos com os exercícios de concentração, como o jogo do espelho, onde se revezam com o seu parceiro.  Esse jogo ajuda a encontrar harmonia com o seu companheiro e, ao mesmo tempo, aprender a conhecer e controlar todas as partes do seu próprio corpo, bem como para sair dos padrões de movimento que somos acostumados a fazer.
Depois deste exercício, particularmente apreciado pelo grupo, formamos um círculo e imaginamos de jogar com uma bola que era as vezes pesada, às vezes ligera, às vezes pequena, às vezes grande, às vezes suave, etc. Nossa imaginação virou logo de bola para um gato, que corria entre nossas pernas, e, por fim, em uma cobra perigosa. A partir desse momento o círculo foi quebrado, e o jogo tornou-se uma improvisaçao de grupo que precisava de uma unidade do movimento e de visão, para determinar juntos onde a serpente estava, como ela se movia e em que direção precisavamos correr. Para fechar o trabalho, jogamos a “um, dois, três, stella!”, para relaxar .                                                                                
O segundo dia, os participantes eram mais numerosos, e somente meninas. Este grupo se mostrou muito receptivo e interessado, o que nos deu condições para trabalhar intensamente com elas. Nós começamos o dia com os mesmos exercícios do dia anterior, desenvolvendo e articulando mais o exercício de caminhada e exercícios em pares. Em particular, o segundo dia decidimos tentar usar a música, experimento que deu bons resultados; A música ajudou bem as meninas a entenderem ideias como ritmo, homogeneidade, disparidade e movimento coral. A atmosfera criada nos permitiu também tentar fazer alguma improvisações exercicio que apaixonou particularmente as meninas que concluíram os dois dias de trabalho.                                          
Em conclusão, observamos que a participação masculina no laboratório foi menor que a feminina. No entanto, a atenção das meninas, especialmente no segundo dia de trabalho foi particularmente recompensadora. Apesar do fato que nosso Português ser fraco, as meninas fizeram um esforço louvável para nos entender e isso nos permitiu trabalhar em conjunto. Desejamos que o bom êxito destas oficinas de dois dias se repitam nas aldeias de Tekoha Añetete e Kuaray Guatá Porã no próximo mês, em que também vamos realizar oficinas de jogos teatrais.
Por: Anaïs Klein e Camilla Brison


quinta-feira, 29 de março de 2012

Programações Culturais em Comemoração ao dia do Índio.


Estamos nos aproximando do mês de abril, mês em que é comemorado o dia do Índio, para comemorar está data tão importante, estão sendo organizadas semanas culturais.
Nas aldeias de Tekoha Añetete, Ocoy e Itamarã, as comemorações iniciam no dia 15/04 e vão até dia 20/04, estão previstas desde caminhadas na natureza, apresentações culturais e venda de artesanato.
Confiram a programação e participem!

Por: Equipe Outro Olhar

quarta-feira, 28 de março de 2012

Agradecimento ao apoio disponibilizado para a realização da I Mostra de Cultura e Arte Guarani

A Outro Olhar, juntamente com os participantes da I Mostra de Cultura e Arte Guarani agradece pelo apoio disponibilizado para a realização deste importante evento para a cultura guarani, principalmente à: Oi Futuro, Agência Experimental BZZ, Curso de Publicidade e Propaganda-Faculdade Campo Real, Centro de Formação Juan Diego, Joint, Shishu, Prefeitura Municipal de Entre Rios, Prefeitura Municipal de Ipuaçu, Prefeitura Municipal de Diamante do Oeste, Prefeitura Municipal de Turvo, Estudio Foto Cipriano, Gui Dalzoto Vídeos Criativos, FUNAI Regional de Chapecó, FUNAI Coordenação Local de Guarapuava.
Foram aproximadamente 150 pessoas presentes, entre indígenas e a comunidade branca, que viveram lidos momentos durante as apresentações de canto e dança tradicionais, apresentações de teatro, exibição dos vídeos, exposição de fotografias e artesanato; assim como protagonizaram importantes momentos de discussão e reflexão sobre as questões culturais.
Um pouco do material produzido você pode acessar no link https://vimeo.com/39070169, produzido pelos participantes da oficina de vídeo coordenada pela equipe da Gui Dalzoto Vídeos Criativos.
por: Equipe Organizadora - Anaïs, Camilla, Francieli, Sandra, Silmara

segunda-feira, 19 de março de 2012

I Mostra de Cultura e Arte Guarani

Começa nesta terça-feira, dia 20 de março, a I Mostra de Cultura e Arte Guarani no Centro de Formação Juan Diego, Guarapuava, Paraná.
Venha Participar!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Impressões Camilla e Anais ao visitar as comunidades indígenas.

Chegamos no dia  7 de fevereiro  no Centro de Formação Juan Diego, sede do escritório da Outro Olhar, localizado em Guarapuava, no estado do Paraná. Após uma semana de conversa e de preparação saímos com Sandra e Silmara para visitar as quatro aldeias que participam do projeto Oindio: cultura e oportunidade na rede .
A primeira aldeia  que visitamos foi Tekoha Añetete. Lá os jovens  estão trabalhando sobre uma lenda Guarani em forma teatral, "O Ava Poapẽ", que conta a história de um monstro chamado Ava Poapẽ e do jovem guerreiro que foi capaz de  matá-lo.
O impacto cultural foi chocante: por esta razão, além da barreira da língua, as primeiras oficinas de teatro foram  para nós, mais de observação que de participação. Na segunda aldeia, Lebre já estávamos mais confortáveis e fomos capazes de tomar a iniciativa para conhecer e conviver com os jovens, que  estão trabalhando em uma peça chamada " O Homem Que Virou Onça " sobre um jovem que trasnforma-se em onça. 
O trabalho realizado pela equipe da Outro Olhar  é  muito interessante e é evidentemente baseado em uma compreensão da realidade de cada aldeia e, em uma relação de confiança com os grupos de trabalho. Ao mesmo tempo, percebemos o quão difícil  é realizar um trabalho contínuo por causa da distância de cada aldeia. Também é complicado manter a atenção dos meninos por um tempo longo, outro obstáculo a um trabalho contínuo. Nesta aldeia pudemos ver uma apresentação de dança tradicional, em preparação para a mostra, com música tocada ao vivo pelos jovens.
Depois da visita da aldeia de Tekoha Añetete e Lebre, tivemos alguns dias de folga para as comemorações do Carnaval: quando voltamos, saímos outra vez para conhecer as outras duas aldeias que participam do projeto: Limeira e Palmerinha. 

Em Limeira conhecemos Otoniel,  o voluntário indígena que hoje mesmo saiu do Brasil para ir a Itália, juntamente com voluntário Jaury, para um intercâmbio paralelo ao nosso, que trata do tema da agroecologia e sustentabilidade dos sistemas ecológicos, em um centro chamado Panta Rei, perto de Roma. Nós ajudamos a organizar a documentação para viagem deles e também com aulas de Italiano. Em Limeira, os meninos trabalham em um texto chamado "O Pernilongo", a lenda de um menino um pouco incomodativo que vira  pernilongo, como punição pelo comportamento dele. O ponto de encontro do trabalho foi a Opy - "casa de reza", lugar sagrado pelas comunidades Guaranis, que foi construída pela comunidade. Nesta parte do trabalho, não sabíamos exatamente como ajudar, porque o texto e a encenação já estavam bem conhecidos, mas no final foi muito divertido, trabalhar em conjunto. Nós pintamos o rosto do personagem principal da peça, um menino que transforma-se, como diz o título, em pernilongo, ajudamos na realização do filme, fizendo coisas pequenas, como : cuidar de crianças, além de tirar fotos para documentar o nosso projeto. Os ensaios continuaram com a peça de teatro  « Modo de Vida Guarani em Limeira » que conta como os mais jovens são sempre menos interessados pela cultura/tradição e sabem pouco sobre os costumes Guarani, e de como encenar as lendas mais famosas pode ser útil  para estimulá-los novamente nesta direção.
Depois de dois dias em  Limeira, partimos para a quarta aldeia, Pinhalzinho, onde encontramos alguns dúvidas na organização do grupo de teatro, como a participação deste grupo na mostra estava confirmado, Sandra e Silmara reuniram o grupo de teatro para motivá-los novamente e ficou tudo acertado.

No dia seguinte partimos para Guarapuava e passamos na  a aldeia Palmeirinha para organizar a vinda de parte do grupo para a Mostra de Cultura e Arte Guarani.
Com esta última visita termina nossa primeira « turnê » pelas aldeias.
Neste momento estamos no Centro de Formação Juan Diego para ajudar Sandra e Silmara na organização da I Mostra de Cultura e Arte Guarani que ja está muito perto.Estamos esperando o dia 20 de março com grande curiosidade e esperamos rever todos os grupos em Guarapuava nesta ocasião!

Por , Camilla Brison e Anais Klein

sexta-feira, 2 de março de 2012

I Mostra de Cultura e Arte Guarani

A Outro Olhar, a partir das atividades do projeto Oindio: Cultura e Oportunidade na Rede, apoiado pelo Oi Futuro, jutamente com as comunidades indígenas de Limeira, Palmeirinha do Iguaçu, Lebre e Tekoha Añetete está organizando a I Mostra de Cultura e Arte Guarani, confira a programação abaixo e participe!