Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

Bem Vindos ao nosso Espaço!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Edital de Convocação para Assembleia Geral Ordinária

A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar, através da sua Diretora Presidente Sra. Francieli Calgaro, no uso de suas atribuições conforme prevê o Estatuto Social no artigo 19º, convoca a todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 13 de janeiro de 2018, em primeira convocação com a maioria dos associados às 13:00 horas, e em segunda convocação com qualquer número de associados às 13:30 horas na sede da Outro Olhar, sito à  Estrada do Rocio, s/n, Área Rural Guarapuava – Paraná.
Tendo como pauta:
1) Relatório de Atividades 2017;
2) Eleição da Diretoria Executiva 2018-2020;
3) Assuntos Gerais.
Contamos com a presença de todos.
Atenciosamente,
Guarapuava, 22 de dezembro de 2017.


Francieli Calgaro

Diretora Presidente

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Intercâmbio com grupo da APACO

Com muita alegria e dedicação as Tekoa de Palmeirinha do Iguaçu e Tapixi receberam um grupo de agricultores, agricultoras e técnicos/as da APACO do Oeste de Santa Catarina para compartilhar um pouco da vivência com o trabalho das plantas medicinais e aromáticas e da agrofloresta Guarani.
Foram recebidos pela tekoa de Palmeirinha do Iguaçu, pelo grupo do Tembiapo com café da manhã, boa conversa, caminhada pelas áreas de agrofloresta, com direito a comer pessego direto do pé na área do sr. João e sra. Inácia; além das plantas medicinais cultivadas na comunidade. E no fim do dia a visita à Cercopa.
Na manhã seguinte uma conversa com a equipe da Outro Olhar, visita ao Itakora, curiosidades sobre os óleos essenciais e o deslocamento até a tekoa de Tapixi que serviu um bom almoço, conduziu uma boa conversa, fez uma apresentação cultural e no final a conversa com o xamoi Marcolino.
Momentos de muita troca e aprendizado.
Gratidão pela visita!





terça-feira, 3 de outubro de 2017

Coleção 2017 Itá Hendy - Artesanato e Biojoias Guarani

Foi com grande alegria que o Tembiapo, organização que reúne 40 pessoas entre artesãs, artesãos, produtoras e produtores de plantas medicinais e aromáticas, realizou o Lançamento da Coleção 2017 Itá Hendy - Artesanato e Biojoias Guarani no salão de eventos da Unicentro na noite do último dia 02 de outubro de 2017.
Peju Porã! Bem vinda a Coleção!
Vamos relembrar um pouco da caminhada que as artesãs e artesãos fizeram até aqui. Em 2013, após já alguns anos de procura; enfim a determinação e coragem de um grupo de não mais de 20 pessoas de quatro comunidades diferentes, acreditaram que poderiam formar um empreendimento cooperativo solidário para comercializar os artesanatos que eram feitos nas aldeias.
O objetivo era poder comercializar para mais pessoas, gerar renda para as artesãs e artesãos, sem a necessidade de se expor nas ruas das cidades, que nem sempre são acolhedoras e respeitosas.
Em 2016, já com alguma pouca experiência, a vontade e necessidade de dar um passo a mais.
No começo pareceu ousadia, transformar o que era visto ‘apenas como artesanato comum’ em ‘Biojoias e peças de Decoração’ para os mais refinados gostos.
Persistência, criatividade e arte foram a força motriz que fez nascer a primeira Coleção de Biojoias e Artesanato Guarani, lançada em 2016; foi um sucesso.
Depois da primeira coleção o compromisso de todos os anos trazer novidades para os clientes, admiradores e apaixonados pela arte que valoriza o humano e o sustentável.
Então, já em novembro de 2016 eram feitos os primeiros ensaios e rabiscos para a Coleção 2017. Foram meses de trabalho, mas que, valeu a pena, as peças ficaram lindas!
A inspiração dessa coleção veio da vontade de valorizar o local e regional, e mais uma vez ousar: Misturar pedras semipreciosas com as sementes, as madeiras, as cascas, o ouro e a prata.
Decisão tomada, hora de ir atrás do material, selecionar as sementes, preparar as madeiras, as taquaras, os purungos, os cipós, encomendar as pratas e dourados e as Pedras!
Ah as pedras! O primeiro contato foi de estranheza e desconfiança, nas palavras da artesã Rosinha “Quando vi aquilo pensei, meee não vai sair nada, dinheiro jogado fora! Ai fomos mexendo, tomando gosto e no final ficou maravilhoso!”
Assim nasceu a coleção Ita Hendy ‘Pedra Brilhante’!
Da ousadia, criatividade e mãos talentosas de artistas homens e mulheres da etnia Guarani que criaram a partir do elemento novo ‘as pedras’ peças ricas em energia, significado e beleza. As peças estão disponíveis para aquisição na loja do Tembiapo e na loja virtual sob o endereço: www.tembiapo.com.br




domingo, 24 de setembro de 2017

Vivências e Inspirações!

O intercâmbio com a Shishu começou em um cenário espetacular, localidade de Santa Bárbara, nas montanhas no norte da Itália na província de Trento.
Em Ronzo-Chinies visitamos o Consórcio local, que é uma experiência de grupo de agricultores que se organizaram em forma de cooperativa com aproximadamente 130 associados.
Trabalham desde a assistência técnica, apoio na aquisição de insumos, crédito e comercialização. A região é muito particular, em um vale, entre as montanhas, com altitude que varia entre 600 e 1100 metros. O que, segundo eles, dá todo um sabor particular aos produtos, na sua maioria hortaliças.
Trabalham a agricultura, para eles definida como biológica, que seria aqui provavelmente o orgânico ou agroecológico, uma vez que se importam com as pessoas, natureza, qualidade dos alimentos, etc... Principal inspiração nessa visita a força de vontade e energia da sua coordenadora e a constatação que foi um processo, pois iniciaram nos anos de 1950; o segredo é a paixão e a persistência.

Na caminhada pelo Monte Creino, história, arte e natureza encantam os olhos e os sentidos. Logo no começa da subida, ao longo do caminho o ‘Creinarte’, ideia que começou com uma mãe que com seus filhos fez arte com materiais da floresta, a cada verão fazem novas artes que são colocadas ao longo do caminho com nome e data. No alto do monte, a vista ampla e ao fundo o Lago de Garda. Na descida pelo lado oposto, a passagem pelas ruínas da guerra, trincheiras. Lembranças que impressionam e fazem refletir sobre o que é uma guerra, os sofrimentos que causam e as marcas que deixam.
Nessa caminhada a inspiração foi de que pode-se pensar em fazer na trilha Tape Porã do Itakora a confecção de esculturas a partir de histórias Guarani, como atividade didática para estudantes ou grupos de visitantes, valendo também para as aldeias.

A visita nas agroindústrias pudemos observar o processo de produção, as semelhanças e também as diferenças entre as duas. Uma processa tanto alimentos biológicos como convencionais; outra apenas biológicos e a preocupação com a qualidade nutricional do alimento final. Ambas com a valorização dos produtos e agricultores do Vale de Gresta, inclusive identificando o Vale na embalagem dos produtos. Valorização do local.
Como aprendizado e inspiração o processo de organização, manutenção e condução de uma agroindústria, os cuidados, investimentos necessários e fundamentalmente os princípios biológicos a serem a filosofia principal do negócio.

No Vale Bretonico visitamos os "Baldenses", um grupo de quatro agricultores jovens que se organizaram e criaram uma cooperativa que beneficia e comercializa as plantas aromáticas e medicinais em forma de chá e temperos. A proposta é valorizar a particularidade do Vale Bretonico, da montanha e a alimentação biológica. Cultivam as plantas em 4 hectares em altitudes diferentes, também coletam algumas plantas espontâneas na montanha.
Um passeio turístico por Rovereto, muita história,  preservação e valorização tanto dos lugares como das lembranças. Uma parada no espaço público para ver danças de um grupo de refugiados, trabalho de outra associação.
Seguindo para a horta comunitária ao lado de uma escola em uma região com poucos espaços públicos gratuitos, projeto que a Shishu participa; recuperaram uma área que um dia foi agricultura e depois já estava virando mata novamente. É aberto a todos que podem ir e fazer plantios, colheitas, conversas, etc; tem um profissional técnico para orientar e planejar com os interessados o que plantar, quando e como; usam os métodos da agricultura sinérgica.
Os refugiados que fazem trabalho voluntário na horta recebem certificado e isso ajuda no processo de receberem o visto para ficar na Itália. Fez-se a colheita de algumas plantas e fomos a um Centro onde foi feito o jantar ‘pasta com pesto’ e o pesto de quatro formas: repolho negro, ortiga, rúcula e manjericão. Bem saboroso! O alimento unindo pessoas!!
Fim de semana as margens do Lago de Garda, alguns passeios turísticos e a volta para a montanha, agora para Folgaria - Serata, na casa dos pais de Alessio, que fez voluntariado no Brasil entre 2010 e 2011.
A última visita nas montanhas, foi novamente no vale Bretonico, um sítio de agriturismo do encantador casal Vasco e Isa. O casal mora nas montanhas há uns dez anos, quando fizeram a recuperação e reforma da casa de família, com quartos para hospedar 10 pessoas. Recebem filhos de amigos e estudantes para visitas. Programação para um dia e para grupos de estudantes inclui a caminhada para subir a montanha guiados pelo Vasco que vai contando a história do vilarejo. Tem almoço e são divididos em dois grupos, um para passeio de cavalo e outro para trabalho manual.
Os grupos para uma semana ficam hospedados, ajudam nas atividades (arrumam sua cama, limpam o banheiro, ajudam a fazer a comida, fazem passeios a cavalo, ajudam a cuidar dos animais). A atividade também é chamada de Fazenda Didática. É um casal apaixonado pelo que faz, fazem agricultura biológica, são resilientes e persistentes. A conversa foi excelente. Vasco era cozinheiro de profissão e Isa trabalhava e no inverno ainda trabalha em escola.

No final das vivências uma conversa com a Shishi sobre as impressões, aspirações e possíveis ações. As impressões foram diversas, mas sempre uma possibilidade de fazer algo semelhante no Tembiapo e na Outro Olhar, as frutas para suco, compota, doce, geleia marmelada. As formas de organização para turistas, colaborações, nichos de mercado direto com consumidor, conscientização do consumidor, etc. E os passos seguintes são organizar as agroindústrias do Tembiapo. O desafio é grande, porém não impossível. Mãos à obra!!!
Por: Sandra König - associada Outro Olhar











terça-feira, 18 de julho de 2017

Descobertas do mundo de Lá

Foram dias intensos de muitas descobertas. Descobertas de um ‘mundo de coisas’ muito diferentes e outras descobertas de coisas semelhantes. O que mais atraiu minha a atenção foi o caminho para a comercialização direta e diversificação das propriedades que as famílias agricultoras trilharam.
Foi muito interessante conhecer as diferentes famílias e as formas de comercialização direta que fazem dos seus produtos. O açougueiro que abate seus animais e os animais dos vizinhos e redondezas e comercializa ali no seu estabelecimento. Que na minha percepção não tem tanto o aspecto ‘mercadológico convencional’, há uma relação mais humana, próxima e informal entre quem procura os alimentos para comprar e quem os produz.
Já na família que trabalha com leite e vende direto na propriedade a partir de uma máquina automática, assim como vende também os ovos e outros produtos a relação é direta mas não pessoal. Os consumidores se ‘auto servem’ na máquina, não há a necessidade de pessoas para atender, apenas para manter a máquina funcionando. Ainda assim é uma relação direta, pois os consumidores vão até a propriedade de buscam seus alimentos.
O agricultor que, de suas maças, faz o suco e vende para os visitantes na sua propriedade. Promove visitas de conhecimento com escolas e também outra pessoas e estudantes da comunidade. Unindo produção, comercialização e serviços na propriedade que a própria família é responsável e executora.

Entre outras visitas que proporcionaram muitas reflexões e ideias que podem ser desenvolvidas nas comunidades indígenas. A realidade cultural e social são distintas, daqui e de lá. Mas também aqui há um movimento da sociedade em valorizar mais o local/regional, procurar alimentação natural.
Acredito que esse é o caminho que poderá ser conquistado pelas comunidades indígenas, organizando as aldeias para fornecer produtos e serviços, e dessa forma agregar valor, aos produtos e serviços produzidos e ofertados na aldeia. E com essa prática, ir descortinando os preconceitos e desconfianças que a sociedade indígena tem em relação às sociedades não indígenas.
Por: Sandra König - associada Outro Olhar








segunda-feira, 12 de junho de 2017

Relatório de Atividades Outro Olhar 2016

No dia 10 de junho, uma manhã fria, os bravos associados e convidados da Outro Olhar compareceram para a Assembleia Geral Ordinária - AGO. Agradecemos a todos que fazem parte dessa família e que permitem a Outro Olhar existir e lutar por um mundo mais humano com menos desigualdades.
Motivados por uma das frases de Ghandi "Seja a mudança que você deseja ver no mundo" foi apresentado e aprovado o Relatório Anual de Atividades da Outro Olhar de 2016, compartilhado a seguir.