Foto de Mauricio Pilati |
Iniciam com apresentação dos visitantes, cantos tradicionais, palavras do Xamoĩ; mais cantos, falas e reflexões...
Enquanto isso o chimarrão passa de mão em mão entre os participantes, como parte da celebração da coletividade e fonte de energia.
Após a meia noite o Xamoĩ inicia o ‘Yy Kara’i’ Batismo das Águas em um ritual singelo, profundo e por vezes, descontraído. Aos poucos os homens se aproximam e com o auxilio do Xamoĩ vão fixando as velas no círculo de cipó do altar; em seguida é a vez das mulheres. Enquanto as velas queimam sob o olhar atento do Xamoĩ que atende de cada uma [pois cada vela é uma alma e o fogo revela o que aquele alma-ser precisa no momento]; os cantos tradicionais enchem a Opy’i misturados com a fumaça dos cachimbos.
Após cada uma das velas ter cumprido sua função é hora da bênção com a água, um a um, em fila circular em torno do altar recebem a bênção; a renovação das forças.
Outra vez a fumaça dos cachimbos enche o ambiente e os cantos ecoam fortes. Ao sinal do Xamoĩ, cessam. Faz-se um silêncio profundo.
Para a concentração e conexão máxima do Xamoĩ com as divindades, esse silêncio só é quebrado com um lindo canto de lamento e inspiração entoado pelo líder espiritual. Lentamente, as revelações iniciam; as divindades vão revelando ao Xamoĩ o espírito que habita em cada corpo, então revela-se o nome de cada pessoa.
A cerimônia se estende até a madrugada quando aos poucos as pessoas retornam às suas casas...
Sou grata por receber a permissão de vivenciar esses momentos com a comunidade de Pinhal, TI Rio das Cobras.
Ara Ju (Sandra König)
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