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sexta-feira, 30 de março de 2012

Jogando ao teatro

Nos dias 21 e 22 de Março, no âmbito da I Mostra de Arte e Cultura Guarani, realizamos duas oficinas de teatro de duas horas cada uma, simultaneamente com os laboratórios de fotografia, vídeo e dança tradicional. Os participantes, portanto, tinham a possibilidade de escolher entre quatro opções.
O primeiro dia, os participantes da nossa oficina, foram cerca dez. Começamos com o exercício básico de caminhada, para  terem noção do espaço, da velocidade, da distância e do relacionamento com os outros. Nós adicionamos variações de tempos em tempos, como:  pausar, avançar, mudar de ritmo, pular e caminhar dois a dois. Depois que todo mundo ficou aquecido, continuamos com os exercícios de concentração, como o jogo do espelho, onde se revezam com o seu parceiro.  Esse jogo ajuda a encontrar harmonia com o seu companheiro e, ao mesmo tempo, aprender a conhecer e controlar todas as partes do seu próprio corpo, bem como para sair dos padrões de movimento que somos acostumados a fazer.
Depois deste exercício, particularmente apreciado pelo grupo, formamos um círculo e imaginamos de jogar com uma bola que era as vezes pesada, às vezes ligera, às vezes pequena, às vezes grande, às vezes suave, etc. Nossa imaginação virou logo de bola para um gato, que corria entre nossas pernas, e, por fim, em uma cobra perigosa. A partir desse momento o círculo foi quebrado, e o jogo tornou-se uma improvisaçao de grupo que precisava de uma unidade do movimento e de visão, para determinar juntos onde a serpente estava, como ela se movia e em que direção precisavamos correr. Para fechar o trabalho, jogamos a “um, dois, três, stella!”, para relaxar .                                                                                
O segundo dia, os participantes eram mais numerosos, e somente meninas. Este grupo se mostrou muito receptivo e interessado, o que nos deu condições para trabalhar intensamente com elas. Nós começamos o dia com os mesmos exercícios do dia anterior, desenvolvendo e articulando mais o exercício de caminhada e exercícios em pares. Em particular, o segundo dia decidimos tentar usar a música, experimento que deu bons resultados; A música ajudou bem as meninas a entenderem ideias como ritmo, homogeneidade, disparidade e movimento coral. A atmosfera criada nos permitiu também tentar fazer alguma improvisações exercicio que apaixonou particularmente as meninas que concluíram os dois dias de trabalho.                                          
Em conclusão, observamos que a participação masculina no laboratório foi menor que a feminina. No entanto, a atenção das meninas, especialmente no segundo dia de trabalho foi particularmente recompensadora. Apesar do fato que nosso Português ser fraco, as meninas fizeram um esforço louvável para nos entender e isso nos permitiu trabalhar em conjunto. Desejamos que o bom êxito destas oficinas de dois dias se repitam nas aldeias de Tekoha Añetete e Kuaray Guatá Porã no próximo mês, em que também vamos realizar oficinas de jogos teatrais.
Por: Anaïs Klein e Camilla Brison


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