Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Mergulho na Cultura Indígena Guarani: Turismo Indígena de Base Comunitária - parte 01

 


Ana Paula da Silva Marque, a Anita, representante da No Borders, associação que trabalha com voluntariado local e internacional com sede em Milão na Itália; é uma parceira do trabalho de visitação/turismo sustentável de base comunitária em algumas aldeias Guarani no Paraná.

A ideia surge a partir das impressões dos voluntários estrangeiros que, em suas conversas e trocas com jovens locais, causavam curiosidade e as vezes indignação de o porque estarem aqui para ‘conhecer comunidades indígenas’.

No intuito de proporcionar oportunidades as pessoas não indígenas de visitarem territórios indígenas Guarani, conhecer um pouco de sua cultura, de seu modo de vida, ouvirem histórias e descobrirem belezas naturais, foram e são organizados anualmente grupos de visitantes, que organizados por Anita na Itália, cruzam o oceano para mergulhar no mundo Guarani do Sul do Mundo.

Anita diz que descobriu o Brasil em 2015, mas não aquele Brasil “que conheci da TV da Europa, o Brasil do samba, da Amazônia e do carnaval carioca”, descobri outro Brasil.

“Conheci a Sandra e a Outro Olhar graças a um projeto com a associação Joint, então pude conhecer um Brasil ainda por descobrir, cheio de tradições, culturas e territórios diferentes daqueles que nós, europeus, imaginamos. A simplicidade e autenticidade do trabalho da Outro Olhar, o senso de comunidade das aldeias Guarani me levaram a querer mostrar a outras pessoas o que vi pela primeira vez em 2015”, comentou Anita.

Anita ressalta ainda que nesses anos, organizando grupos e viajando com eles, “embora nem todas as viagens sejam fáceis, porque agrupar pessoas com carácteres diferentes umas das outras (e de mim) é difícil, na minha opinião o turismo comunitário e sustentável é o que melhor se adapta a este caminho que estamos a trilhar”, um turismo responsável, humano e o menos agressivo ao ambiente possível.

Este ano de 2025 o grupo chegou em Foz do Iguaçu no dia 04 de fevereiro e partiu de Curitiba no dia 18, foram 14 dias de visitas, andanças, encontros, conversas, descobertas, trocas, risos e emoções.

Faremos nos próximos dias publicações de fotos e impressões desse período, acompanhem!









terça-feira, 15 de outubro de 2024

Interação Cultural também na Diretoria Executiva

 Ao contrário do que parece ser o mundo moderno, sempre acreditamos que unir pessoas, esforços melhoram oportunidades, melhoram a vida. Seguindo essa crença, em 2017 a Outro Olhar convidou representantes das comunidades Guarani para também fazer parte do quadro de associados. Com isso melhorar as trocas, o conhecimento e direcionamento das ações.

Passados alguns anos, e, sem modéstia, também fruto de muitas das ações de formação, há uma nova geração de pessoas, maioria jovens, com formação acadêmica; adultos com 'compreensão do mundo juruá' e dispostos a tomar protagonismo também na nossa sociedade.

Então, com alegria, satisfação e uma ponta de orgulho, que na formação da Diretoria Executiva deste biênio 2024-2026 temos como presidente uma xondaria (jovem) Guarani, como vice uma xary'i (anciã) e outros membros também das comunidades.

No processo nos perguntamos 'poderia serem todos Guarani?'. Sim, poderiam. Porém, existe uma realidade burocrática, mobilidade, acesso a redes com qualidade; e; a interação. Se foi esse ponto que motivou desde a origem da Outro Olhar o 'fazer junto' e não o 'fazer por', então seguiremos fazendo juntos. Cada um com seus conhecimentos, talentos, disponibilidades. Juntos, para uma sociedade que respeite, reconheça e oportunize uma vida digna a todos/as.

Sucesso a nova gestão! E gratidão a todos que seguem acreditando, apoiando e somando nessa caminhada!

Aguyjevete!


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Convocação para Assembleia Geral Ordinária

 Edital de Convocação para Assembleia Geral Ordinária

A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar, através do seu Diretor Presidente Sr. Jocélio Martins Ryzy, no uso de suas atribuições conforme prevê o Estatuto Social nos artigos 18º e 19º, convoca a todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 28 de setembro de 2024, em primeira convocação com a maioria dos associados às 15:00 horas, e em segunda convocação com qualquer número de associados às 15:30 horas; na sede da Outro Olhar, na localidade de Rocio São Sebastião, nº00, Área Rural, Guarapuava, Paraná.

Tendo como pauta:

1) Quadro de Associados;

1.1 – Atualização do Quadro, entradas e saídas

1.2 – Relação entre Associados/as

2) Eleição para Diretoria Executiva e Conselho Fiscal

3) Planejamento/Prioridades para o biênio 2024 a 2026.

4) Outros

Contamos com a presença de todos.

Atenciosamente,

Guarapuava, 06 de Setembro de 2024.


Jocélio Martins Ryzy

Diretor Presidente



terça-feira, 18 de junho de 2024

Uma visita ao Rosenhof Taubertal

 Os acasos que talvez não sejam acasos. Os encontros não planejados, as descobertas!

Tive o privilégio de conhecer um agricultor que, entre outras coisas, cultiva rosas para beneficiamento de hidrolato.
Há 20 anos resolveu plantar uma barreira com rosas, rosas centenárias, não as variedades 'novas' de jardim. E conseguiu 100 variedades diferentes!
Sendo ele um agricultor pesquisador, ou como ele mesmo diz, observador, foi gostando, entendendo que poderia também fazer mais coisas. Começou com as marmeladas (doce pastoso) para alguns amigos, que logo encomendaram mais e mais. O negócio tomou forma ampliou para geleias, licores, pasta base e os hidrolatos.
Apesar do campo recém colhido, lindo de ver o manejo, a atenção a cada detalhe, ao entremeio para os insetos, as casinhas para os pássaros, para as abelhas solitárias. A alegria ter feito e plantado cada muda, de trabalhar com o que alegra os olhos e a alma.
Inspirador e animador: Gratidão pela acolhida aprendizado sr. Reinold Schneider Visita ao sítio Rosenhof Taubertal em Grelingen - DE (www.rosenhof-taubertal.de)





domingo, 12 de dezembro de 2021

Nhambovy'a Kiringue: Alegria para as crianças

Nhambovy'a Kiringue: Alegria para as crianças, sob esse título fomos desafiadas a organizar uma campanha ação pra presentes, alimentos, brincadeiras para as crianças da tekoa de Palmeirinha do Iguaçu, demandada a partir de uma roda de conversa com mulheres, muitas também mães sob o argumento de 'foi um ano difícil, de poucas alegrias para as crianças, então a gente gostaria de agora no fim do ano, poder dar uma alegria a mais para as crianças'.


Diante desse pedido, claro, não foi possível ficar indiferente. Ainda assim alguns questionamentos e observações surgiram: nome da campanha 'alegria', notadamente as crianças da aldeia expressam facilmente sorrisos, então já há alegria, não precisa ser 'levada' de fora; reflexões vão e vem, até conclusão: um pouco mais de alegria, um dia especial para sorrir, brincar, deliciar; 'Papainoel' é uma criação basicamente comercial, qual sentido? Reflexões vão e vem: bom as crianças da aldeia tem acesso aos meios de comunicação, aos apelos dos comércios locais; sabem que as 'outras crianças' ganham presentes nessa época do ano; então, pode ser uma forma de interação também, de 'apesar de' somos uma sociedade. Então sim: presentes, doces com direito a 'touquinha de mamãe e papai noel'. E divertido foi.

Questionamentos externos: por que doces e presentes e não alimentos? Seria muito mais proveitoso serem 'cestas básicas! Reflexões vão e vem: sim, se pensamos em saciedade: cestas básicas, sem dúvida. No entanto, o pedido foi 'uma alegria para as crianças'; então, temos nós o direito de negar, ou se opor/impor o que nós entendemos como 'mais necessário'? Sorrisos e alegria também alimentam, a alma, a esperança, a vontade de viver. E é época de ter esperança, então sim: doces e presentes!
Além de que, fazer esses encontros nos fazem estar mais próximas da cultura indígena tão importante pra rompermos com as ideologias de morte e de lutarmos contra a política de morte estabelecida.

Dias se passaram, conversas foram feitas, ideias foram sendo 'apuradas' no caldeirão da colaboração e o resultado: no dia 11 de dezembro uma 'Tarde de Alegria' para as crianças da tekoa Palmeirinha do Iguaçu, TI de Mangueirinha, município de Chopinzinho - PR com: brincadeiras (piscina de bolinhas, cama elástica); brechó para as mães com um presentinho extra; ração para cães e gatos; lanche com salgados de festa, frutas [convencionais e agroecológicas] para todos os participantes e os tão esperados presentes e doces! 


Sorrisos, alegria! [para não expor as crianças e mães, mas compartilhando esses sorrisos, fizemos um pequeno mosaico desses sorrisos]


Nossa gratidão a todos que colaboraram com essa ação!

Associação Aty Mirin
Liderança da Tekoa Palmeirinha do Iguaçu
Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia- CAPA Núcleo Verê/FLD 
Coletivo Feminista Cláudia da Silva
Outro Olhar - Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano
Escola Estadual Wera Tupã - direção, professores/as, funcionários, terceirizados
Sindicato dos Bancários de Guarapuava e Região
Sindicato dos Servidores Funcionarios Públicos e Professores Municipais de Guarapuava - Sisppmug
E a todos as pessoas que, anonimamente contribuíram com a campanha!
Mais uma vez nossa gratidão e nossos sorrisos!










segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Cerejas, Agroflorestas e Nheminhotỹ Moĩ Porã

 Não exatamente nessa ordem, mas as atividades entre 14 e 15 de outubro permitiram essas práticas e consequentes reflexões contidas no título. Voltando um pouco no tempo, entre 2013 e 2015 foram plantadas muitas árvores nativas e frutíferas exóticas para formar as 'agroflorestas'. Muito marcante pra mim foi que, só em 2015 conseguimos, equipe de trabalho da Outro Olhar e grupos nas Tekoa, entendermos mutuamente o que efetivamente era agrofloresta. A partir da expressão de um participante durante um curso 'ah, então agrofloresta é isso, fazer o que os antigos já faziam, agora que entendi'; o que era novo, não era novo, era revisitar uma prática antiga da Agricultura Guarani; e para nós os jurua, o entendimento de que não eram simples agroflorestas, eram Agroflorestas Guarani, significando que, na técnica da agrofloresta jurua se aplica a técnica e cosmologia Guarani.

Foto: Ara Ju

Em 2021, essas agroflorestas estão nas Tekoa, em diferentes níveis, com diferentes cuidados. Novas variedades, replantios sendo feitos (com mudas nativas a partir da doação do Horto Faxinal do Céu - Copel) e uma deliciosa surpresa foi que, esse período é o período das cerejas estarem maduras. E para nossa alegria, três variedades de cereja nativa estão produzindo, sem recorrer aos nomes técnicos, vamos lá: cereja gordinha, cereja redondinha e cereja gordinha amarela. Lindo de ver, gostoso de comer. Alegria das crianças e dos adultos. Frutos do trabalho e dedicação de cada um que ajudou nessa construção.

Se em 2015 houve essa 'revelação', na sexta feira chuvosa do dia 15 de outubro, arrisco dizer que tivemos outra 'revelação/entendimento'. Há muito falamos em sementes crioulas, depois optamos por chamar de tradicionais ou sagradas; então nada mais justo que aproximar a agricultura Guarani da concepção dos Guardiões de Sementes. Tantas conversas, atividades e, novamente, o chegar ao entendimento do que o jurua quer dizer na sua língua e o que o Guarani entende na sua.

Foto: Ara Ju

Parece tão simples 'Guardião de Sementes', pois, na concepção da expressão jurua talvez; na concepção Guarani havia uma grande diferença, quase um abismo que as palavras criavam. Tento explicar: o entendimento da palavra 'guardião' para o Guarani, não faz sentido para 'sementes'; guardar é um ato isolado, é um ato de 'retirar'; quase antagonizando com cuidado, reprodução. Então, quando se diz Guardião de Sementes, o que vem a mente é tão estranho que, por mais que a ideia fosse explicada já algumas vezes, ela não conseguia ser realizada.

E foi em uma conversa no entorno do fogo, que aquecia na manhã chuvosa, que o entendimento se fez, junto ao grupo Aty Miri da Tekoa Palmeirinha do Iguaçu. Para o Guarani sentido faz ser Nheminhoty Moĩ Porã, que é cuidar das plantas/sementes para que nunca acabem; não é guardar, é manter ela viva; garantir seus ciclos; garantir que a sagrada vida não se perca nela; manter saudável para que sempre possa germinar, de novo, de novo e de novo.

Então que as agroflorestas Guarani possam ser apoio aos Nheminhotỹ Moĩ Porã!


Por: Ara Ju (Sandra König)

Tekoa - aldeia, lugar de vida
Jurua - pessoa não indígena
Nheminhotỹ Moĩ Porã - cuidador e mantenedor das sementes (para que sigam vivas)[interpretação livre]
Foto: Jaqueline

Foto: João Ricardo

Foto: João Ricardo

Foto: Juliana Takua

Foto: Juliana Takua

Foto: Juliana Takua

Foto: Juliana Takua


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Ka'a Nhemongarai tekoa Monjolinho

 O território é mais do que um lugar para se ter uma casa e explorar a terra para sustentar a vida e o luxo de quem dela se diz 'dono'. Território é lugar de vida, de saúde, de estabelecer moradia, de cuidar da terra, para dela colher bons frutos, é tekoa.

A partir desse entendimento, de construir e reconstruir essas relações surge a tekoa Monjolinho, desmembrada da tekoa Tapixi, deseja trilhar seu 'tape porã' [bom caminho]; e uma das primeiras necessidades é ter sua Opy'i [cara cerimonial Guarani].

Feita com as mãos dos moradores da tekoa, madeiras cortadas na floresta, paredes de pau a pique, roliços outros lascados com machado; telhado provisório; o mais importante porém já acontece desde quando nem as paredes estavam colocadas: as noites de canto!

Opy'i em pé é hora de fazer a Ka'a Nhemongarai [cerimônia de bênção e batismo com erva mate].


Nuvens no céu, depois de algumas semanas de sol e terra seca, a chuva é esperada. E ela chega forte já na sexta feira. A noite na Opy'i é de expectativa de se será possível colher erva mate e sapecar na manhã seguinte.

Durante a noite e madrugada, muita chuva, alguns raios e um pouco de vento. Amanhece o dia com chuvica, as nuvens pesadas dão lugar a outras que quase dão passagem ao sol, o Xamoi [líder espiritual] se apressa com os xondaro kuery [jovens do gênero masculino] para colher e sapecar a erva mate, deixando os ramalhetes prontos, é só aguardar o meio dia para o inicio/sequência da cerimônia.

O céu fecha outra vez, chuva forte, o telhado provisório resiste. A comunidade se reúne, o fogo aquece a água do chimarrão e também os pés que molharam para chegarem ali.

O Xamoi entoa seu canto e o ritual inicia. Cada xondaro pega seu ramalhete, faz a caminhada circular sob o canto do Xamoi que continua forte. Após, depositam, um a um, seu ramalhete no altar junto com suas intenções, nomes de quem está presente e para quem está ausente também. O Xamoi e os xondaro kuery abençoam os ramalhetes com a fumaça dos petygua [cachimbo Guarani] na sagrada comunicação com as divindades.


Essa parte do cerimonial está encerrada, pessoas se sentam em volta do fogo, seguem algumas conversas, risadas, aos poucos cada um vai pra sua casa, porque quando anoitecer, será hora de voltar para a Opy'i e continuar o cerimonial.

Entre rápidos períodos de chuva mais amena transcorreu a tarde, noite chega, chuva que segue e aos poucos a Opy'i volta a se encher de gente. Ao chamado do Xamoi os xondaro e xondaria kuery se posicionam e entoam os lindos mbora'i [cantos sagrados Guarani]. As horas passam, atendimentos são feitos e, com seu canto característico o Xamoi  em consonância com as divindades revela os nomes dos espíritos que estão habitando os corpos. [traduzindo: revela o nome espiritual das crianças, o batismo Guarani dos xondaro].


Amanhã a cerimônia irá continuar. Agora é momento para repor as forças, uma refeição é servida, ali mesmo na Opy'i.

O domingo amanhece, ainda com chuva, durante a noite trovoadas e relâmpagos, a Xaryi explica que é bom que Wera e Tupã se manifestem assim, eles vem para limpar as coisas ruins [divindade do raio e do trovão, respectivamente].

Hoje o protagonismo é das kunha (mulheres) xondaria e xaryi kuery se reúnem na Opy'i,  providenciam a lenha para sapecar/secar os ramalhetes de erva que passaram a noite na Opy'i. Enquanto algumas cuidam do fogo, outras já socam no pilão as folhas mais secas, e essa ação é repetida várias vezes até os ramalhetes de erva mate praticamente desaparecerem. E no recipiente agora descansa a erva mate socada. Cada Xaryi e Xondaria se aproxima, prepara seu 'pote' com a erva mate e ao toque do Xamoi inicia a caminhada para consagrar, lentamente cada 'pote' é depositado sobre o altar com o nome de cada kunha e suas intenções que são recebidas pelo Xamoi. Este as abençoa em seguida as Xaryi e Xondaria kuery.


Mbora'i
são entoados, Xamoi orienta para os que precisam ter seu nome revelado ou sentem que precisam de uma benção especial se assentam mais a frente no banquinho posicionado para tal. Segue um canto solitário do Xamoi, depois passa a ser acompanhado pelos xondaro, xondaria e xaryi kuery; as vezes, a revelação vem rápido, outras demora mais. Nesta tarde, uma das meninas recebeu o nome de Ara Yvoty, em minha livre tradução como ‘flor do dia’, nome que eu, particularmente acho lindo.


Nos comentários e reflexões que seguiram os agradecimentos foram para todos e de todos. Para a comunidade pela participação, por levantar a Opy’i de forma tão rápida e pelo viver de cada noite; pela aproximação das famílias a partir da vivência espiritual, pela dedicação de cada um ao coletivo; para os Xamoi e Xaryi kuery pela tempo e partilha dos conhecimentos e pelas ‘nhe’e porã’ boas palavras. Para as divindades por nos permitirem viver e realizar o que realizamos. Nessa toada, encerrou-se a cerimônia e as pessoas seguem seus caminhos mais fortalecidas e abençoadas.

Aguyjevete!


Relato de Vivência por Ara Ju