Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

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terça-feira, 27 de maio de 2025

Turmas da Educação Infantil Vivenciam Expedição Investigativa com Plantas Medicinais e Cultura Indígena

 No último dia 20, a Associação Outro Olhar teve a alegria de receber no Centro de Convivência Itakora, duas turmas da Educação Infantil da Escola Municipal Capitão Wagner — as turmas 4C e 5J, sob orientação da professora Daniela Zorzetti. A visita fez parte do Projeto “União Faz a Vida”, parceria da escola entre a Secretaria Municipal de Educação e o Sicredi. Uma iniciativa que visa promover a educação de crianças e adolescentes com base na cooperação e cidadania, aliando valores éticos como igualdade, equidade, respeito à diversidade, liberdade e participação ativa na sociedade.

Durante a expedição investigativa, os pequenos exploradores — com idades entre 4 e 6 anos — mergulharam num dia repleto de descobertas e vivências com a natureza. Pela manhã, estiveram conosco as crianças de 4 e 5 anos; à tarde, foi a vez das crianças de 5 e 6 anos.

A visita teve início com o contato com o artesanato indígena, promovendo uma aproximação cultural e sensorial com os saberes ancestrais. Em seguida, seguiram para os canteiros permanentes, onde puderam conhecer as plantas medicinais e participar da dinâmica interativa das “pedras do tempo”, que estimulou a percepção do tempo natural e do cuidado com a terra.

Logo depois, as crianças exploraram a nossa “floresta”, onde identificaram árvores nativas e aprenderam sobre os seus usos medicinais. A aventura continuou com uma visita ao galinheiro e, posteriormente, à unidade de extração de óleos essenciais, onde conheceram o processo que transforma as plantas em produtos naturais. Encerraram esse percurso na loja do Tembiapo, onde puderam ver o resultado final da extração dos óleos.

Para concluir o dia, participaram de brincadeiras educativas que envolveram plantas medicinais, e saborearam um delicioso lanche com frutas e um chá especial de poejo. Um encerramento repleto de sabores, sorrisos e aprendizagens.

Essa é uma ação voluntária da Associação Outro Olhar, que reafirma o nosso compromisso com uma educação transformadora, conectada com os valores humanos e ambientais, dentro do Programa de Interação Cultural e Educação Ambiental.







sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Mergulho na Cultura Indígena Guarani: Turismo Indígena de Base Comunitária - parte 01

 


Ana Paula da Silva Marque, a Anita, representante da No Borders, associação que trabalha com voluntariado local e internacional com sede em Milão na Itália; é uma parceira do trabalho de visitação/turismo sustentável de base comunitária em algumas aldeias Guarani no Paraná.

A ideia surge a partir das impressões dos voluntários estrangeiros que, em suas conversas e trocas com jovens locais, causavam curiosidade e as vezes indignação de o porque estarem aqui para ‘conhecer comunidades indígenas’.

No intuito de proporcionar oportunidades as pessoas não indígenas de visitarem territórios indígenas Guarani, conhecer um pouco de sua cultura, de seu modo de vida, ouvirem histórias e descobrirem belezas naturais, foram e são organizados anualmente grupos de visitantes, que organizados por Anita na Itália, cruzam o oceano para mergulhar no mundo Guarani do Sul do Mundo.

Anita diz que descobriu o Brasil em 2015, mas não aquele Brasil “que conheci da TV da Europa, o Brasil do samba, da Amazônia e do carnaval carioca”, descobri outro Brasil.

“Conheci a Sandra e a Outro Olhar graças a um projeto com a associação Joint, então pude conhecer um Brasil ainda por descobrir, cheio de tradições, culturas e territórios diferentes daqueles que nós, europeus, imaginamos. A simplicidade e autenticidade do trabalho da Outro Olhar, o senso de comunidade das aldeias Guarani me levaram a querer mostrar a outras pessoas o que vi pela primeira vez em 2015”, comentou Anita.

Anita ressalta ainda que nesses anos, organizando grupos e viajando com eles, “embora nem todas as viagens sejam fáceis, porque agrupar pessoas com carácteres diferentes umas das outras (e de mim) é difícil, na minha opinião o turismo comunitário e sustentável é o que melhor se adapta a este caminho que estamos a trilhar”, um turismo responsável, humano e o menos agressivo ao ambiente possível.

Este ano de 2025 o grupo chegou em Foz do Iguaçu no dia 04 de fevereiro e partiu de Curitiba no dia 18, foram 14 dias de visitas, andanças, encontros, conversas, descobertas, trocas, risos e emoções.

Faremos nos próximos dias publicações de fotos e impressões desse período, acompanhem!