O
compromisso de representar a Outro Olhar na capital do Estado nos dias 15 a 20
de julho, no evento Internacional foi uma grande responsabilidade para nós, mas
foi uma oportunidade de fazer um intercâmbio dentro do intercambio para “os
gringos”.
No
começo não ficamos felizes com a nossa participação no III C.E.P.I.A.L. (Congresso
de Cultura e Educação para Integração da América Latina). Certamente porque
precisava falar em frente de muitas pessoas para apresentar o projeto OINDIO e
ainda nosso português não é “perfeito”; e também porque achávamos que fosse
mais importante utilizar este tempo para visitar as aldeias, fazer oficinas de
teatro o outras atividades com as comunidades.
Foi
necessário participar do primeiro dia com a mostra de fotos no Prédio Histórico
da UFPR e com a projeção dos curtas de 4 aldeias, que participaram do projeto, no
Teatro Mini Guaira para compreendermos a potencialidade deste encontro. Relacionar-se
com pessoas que gostam e trabalham com tema da cultura e integração cria uma
rede de contatos, ideias e também conhecimento reciproco.
O
clima festivo e de cooperação que encontramos com o primeiro contato durante o
Carnaval dos Povos da América Latina no domingo, na inauguração do congresso,
durou todos os dias da semana e não se fez sentir o frio destes dias
curitibanos.
A
mostra das fotos que montamos no prédio histórico foi um sucesso de público devido
a grande curiosidade das pessoas pelos povos indígenas, e mesmo pelo lugar que
estava, em frente da entrada do auditório onde muitas pessoas passavam e
paravam para ver a mostra. Neste momento nós pudemos fazer a publicidade do horário
da projeção dos curtas... dois horários no dia. Mas a troca mais grande e
interessante foi ao final da projeção dos filmes, em que foram as perguntas de
estudantes, professores e gente comum sobre
a realização do projeto. Em particular foram perguntas antropológicas e mesmo
de técnica cinematográfica, mas todas às vezes a conversa foi um contato, um
encontro de “outros olhares”.
Graças
a “Arpin Sul” que nos acompanhou todos os dias pudemos apresenta e explicar da
melhor maneira. Em particular Lucas Cabañas foi um ótimo colega e ainda mais,
um amigo que nos acompanhou todos os dias e mais, nos fez assistir alguns dos
melhores eventos do congresso e mesmo, conhecer alguns maravilhosos lugares da
cidade. O Cepial foi capaz de realizar a difícil tarefa de trazer um pouco da
cultura de cada país da América
Latina por alguns dias em Curitiba.
O
mérito especial foi da organização e do trabalho de todas as pessoas, como a
Rosana, o João e a todas as pessoas que participaram e contribuíram de maneira
ativa deste clima maravilhoso de mudança em direção à uma sociedade que traga a
cultura, a identidade e a convivência dos povos ao centro da vida no território
da América do Sul.
Tudo
isto se fez compreender que a visibilidade que ganhou o trabalho da Outro Olhar
é tão importante quanto o trabalho direto nas comunidades, porque se a gente não
conhece uma cultura e uma tradição que vive no mesmo território não pode respeitá-la.
Aprendemos,
vimos, ouvimos musica, historia, cores e tradições nestes dias cansativos e
cheios de atividades; mas o tempo que estivemos junto com as pessoas que
acreditam verdadeiramente que o mundo e uma sociedade melhor e diferente pode
existir foi a nossa recompensa.
Stefano Scarpa e Mahio Campanella – Voluntário Joint
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