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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Relato sobre a participação à reunião e à janta Slow Food pelo projeto “Favela Orgânica”, Curitiba, PR

No dia 15 de dezembro 2014, Edenilson e eu participamos a uma reunião em Curitiba, organizada pelo Slow Food Paraná. A Slow Food é uma organização que nasceu nos anos oitenta na Itália, e é presente em cento e cinquenta países do mundo. O objetivo é valorizar e preservar a comida local e o alimento que tem que ser “bom, limpo e justo”. De fato, a SF não só apoia uma comida saudável e de boa qualidade: ela deve ser também sustentável pelo meio ambiente e com preços acessíveis para os consumidores, além de ter condições econômicas e sociais justas para os produtores.
Participaram várias pessoas envolvidas com Slow Food Brasil, como Carina Biancardi e também uma menina de Slow Food International, a italiana Valentina Bianco. Foram apresentados alguns vídeos, um falava sobre a importância da preservação da biodiversidade animal e vegetal no planeta, o outro apresentava o projeto “Disco Xepa”, para convidar as pessoas a utilizar inesperadas partes do alimento com o fim de reduzir drasticamente o desperdício da comida enquanto as cifras da fome são alarmantes. Além disso, o pessoal falou também da “Arca do Gosto”, um projeto que tem o fim de preservar a comida, as técnicas para prepará-la, e os ecossistemas que estão em risco de extinção. No site do Slow Food Brasil tem uma lista com todos os alimentos do Brasil que entraram na Arca do Gosto.
À noite, o Edenilson voltou para Guarapuava, mas eu tive a possibilidade de ficar em Curitiba para participar da oficina da Regina Tchelly, representante de Slow Food de Rio de Janeiro. Em particular, a oficina do projeto “Favela Orgânica” tinha o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a obsessão do mundo ocidental que o alimento tem que ser bonito para ser consumado, e que algumas partes não podem ser comidas. Ela demostrou o contrário: na verdade, cozinhar usando, por exemplo, a casca da fruta é possível, é só questão de inventiva e criatividade. Para mim foi uma experiência totalmente nova, não só por causa da comida gostosa apesar de ser “estranha” mas também porque, pela primeira vez na vida, trabalhei diretamente na cozinha como ajudante dos chefes da equipe da Regina. Posso assegurar que foi muito divertido quanto gratificante, ver como o alimento transforma-se em convívio, conscientização e conhecimento. Nunca ia imaginar que ia cozinhar e comer uma ótima farofa com casca de banana... E nem de ser aplaudida com os outros chefes profissionais só por ter cortado algumas cebolas!
Ainda uma vez obrigada pela aventura e espero que estaremos em contato para qualquer outra experiência gastronômica cheia de boas pessoas e bom vinho!
Até logo,


Gloria Bayma – voluntária SVE

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